Iluminação: 4 dicas para criar diferentes efeitos gastando pouco
Hoje em dia, é impossível ignorar a importância das redes sociais e das multimídias na comunicação digital, não é mesmo? A coisa evoluiu tanto que é preciso preocupar-se com questões como a iluminação do vídeo, o som de fundo, entre outros aspectos.
De fato, atualmente quem gera conteúdo e divulga suas ideias ou produtos na internet precisa compreender que o cenário é de uma verdadeira guerra por audiência. Às vezes, a disputa é por poucos segundos da atenção de um visitante.
Claro, nem sempre você vai precisar de uma verdadeira iluminação para evento, mas chegar perto disso também não vai fazer mal. Pelo contrário, em um cenário tão disputado e competitivo, cada pequena diferença pode mudar tudo nos resultados.
Para ficarmos em apenas um exemplo, só o ramo de EAD (ensino a distância), cresceu mais de 70% desde 2020 para cá, especialmente após a pandemia. Os dados são da Catho Educação e indicam que mesmo após a crise, o cenário continuará favorável.
Lembrando que cursos na internet podem ir desde pós-graduação e faculdades, até cursos livres que qualquer pessoa pode ministrar a respeito de algum assunto que ela domine, como tocar violão, fazer bem as unhas, escrever melhor, etc.
Portanto, trata-se mesmo de um universo de possibilidades que só tende a crescer. Por isso mesmo decidimos escrever este artigo, trazendo alguns conceitos fundamentais sobre o assunto, bem como dicas práticas para melhorar a iluminação dos vídeos.
Esse ponto é delicado, pois depende de muitas variáveis. Pense na gravação áudio, por exemplo, que é algo muito mais simples, pois você pode fazer em qualquer lugar silencioso, sem se preocupar com a aparência do ambiente ou mesmo de quem vai falar.
Já a gravação de vídeo envolve a questão do ambiente, da aparência do orador e, claro, da iluminação. Certamente, quem já tentou fazer um vídeo percebeu que utilizar apenas a lâmpada do teto como fonte de luz não é algo eficiente.
Portanto, o passo mais importante é perceber que esse elemento é tão importante quanto o áudio, o roteiro, o conteúdo, a divulgação e todas as demais frentes com que um produto de conteúdo precisa se preocupar.
O mais bacana é que estas 4 dicas que trouxemos aqui servem para qualquer tipo de produtor, seja um influencer que vai tratar sobre política ou moda, seja alguém que quer vender seus serviços como motoboy expresso.
Além disso, quem nunca ouviu dizer que uma imagem diz mais que mil palavras? Pois é, hoje essa realidade passou por um upgrade e podemos afirmar que um vídeo diz mais que mil imagens. Desde que ele seja capaz de cativar e engajar, é claro.
Então, para entender melhor como criar diferentes efeitos de iluminação gastando pouco, e como isso pode mudar sua presença digital de patamar, basta seguir adiante na leitura.
1. Afinal, o que eu devo evitar?
Até aqui já deve ter ficado claro que uma iluminação mal feita pode impactar seu vídeo no ponto mais importante: ele pode ficar com cara de amador, o que faz com que as pessoas associem seu próprio conteúdo a uma qualidade baixa.
Então, dito de modo técnico e ao mesmo tempo simples, o que se deve evitar é a falta ou o excesso de luz. Sim, pois ao contrário do que alguns imaginam, nem sempre o problema é um local na sombra, mas também o excesso de fontes de luz.
Quem trabalha na área de cenografia para eventos sabe que qualquer lente de câmera precisa encontrar um equilíbrio ideal em termos de iluminação, de modo que se muitas fontes “invadirem” o equipamento, ele vai desempenhar mal.
Então, evite ambientes em que você não consiga controlar minimamente a entrada de luz. É preciso que haja uma possibilidade de “abafar” um pouco a luminosidade, se necessário, ou de abrir bem uma janela para que a luz natural ajude a iluminação artificial.
Enfim, nem sempre o problema está nos equipamentos que você está utilizando, portanto, é preciso pensar no conjunto, levar em conta o ambiente, o cenário, as fontes de luz e tudo o mais, para gerar efeitos cada vez mais bacanas.
2. Sobre os tipos de luz existentes
Se não dá para falar de efeitos de luz sem mencionar o que deve ser evitado, como fizemos acima, também não é possível contornar a questão conceitual e técnica dos tipos de luz que existem.
Na prática, são cinco tipos essenciais. Todos eles vão precisar ser controlados de algum modo, seja pela redução, pela ampliação ou pela edição. São eles:
- A luz natural do sol;
- A luz artificial da lâmpada;
- A luz artificial principal;
- A luz de preenchimento;
- A luz artificial de fundo.
Esse fenômeno não é percebido somente na hora de gravar algo, mas também de assistir. Pense naquela apresentação que ocorre na escola ou na empresa, com um projetor de vídeo portátil. Ela depende de vários fatores, não é mesmo?
Às vezes é preciso fechar as cortinas, aproximar mais o equipamento, contar com uma lona branca de projeção das imagens e daí em diante. Esse é um exemplo de relação do mundo audiovisual com a luz natural do sol.
A luz da lâmpada já é conhecida. Agora, a luz artificial principal merece nossa atenção aqui. Ela deve ser posicionada a menos de um metro de quem vai falar, idealmente em posição levemente diagonal, com a finalidade de iluminar o protagonista.
Ela funciona mais ou menos como a ribalta de um teatro. Portanto, dependendo da cor e da intensidade que você escolher, esses já são mais alguns efeitos que você pode conseguir.
Já a luz de preenchimento foca o ambiente enquadrado, aquele que deve aparecer. Se a pessoa estiver sentada à mesa, por exemplo, ela será responsável por fazer com que os materiais ali presentes ganhem uma qualidade melhor, embora não sejam o destaque.
Por fim, a luz artificial de fundo, que parece detalhe, mas não é. Também conhecida como luz de profundidade, ela é considerada o grande passo entre um vídeo amador e um mais profissional, pois exige mais do que um pequeno pedestal sobre a mesa.
Ela pode ser composta de uma tira de LEDs, por exemplo, mais ou menos como um painel led outdoor, fazendo com que a noção de profundidade ganhe relevo quando o espectador for assistir o material, percebendo que todo o ambiente foi trabalhado.
3. Os famosos softboxes
Esses dispositivos podem ser os grandes responsáveis pelos melhores efeitos de iluminação que você vai conseguir fazer gastando pouco. Eles são conhecidos, em termos técnicos, como fonte flexível de luz.
O mais bacana é que eles são pequenos e fáceis de manusear, por isso podem ser utilizados até mesmo em casa, no quarto.
Hoje alguns produtores de conteúdo já contam com um espaço maior, e fazem até locação de espaço comercial para gravar vídeos. Mas quem está começando pode atingir um efeito parecido graças a esse recurso, mesmo em áreas pequenas.
O softbox pode cumprir o papel da luz artificial principal ou mesmo da luz de preenchimento, dependendo do tamanho e das características que você der ao dispositivo na hora de criá-lo. No mercado podem chegar a passar de 500 reais, mas fazer em casa é possível.
De fato, a tendência de DIY (Do it Yourself), termo para “Faça você mesmo” está em alta, então vamos dar dicas mais práticas abaixo sobre como pôr a mão na massa.
4. Como economizar até 70%
Como vimos, uma das grandes vantagens do softbox é que ele pode ser aplicado com várias funcionalidades estratégicas, ampliando assim a possibilidade de efeitos e de melhoria da produção de vídeos amadores, que vão ficar como profissionais.
Além de algumas ferramentas básicas como tesoura, grampeador, alicate, martelo e estilete (que são bem fáceis de encontrar e a maioria já tem em casa), você vai precisar de alguns elementos que também não são nenhum bicho de sete cabeças.
Basicamente, os itens necessários são:
- Lâmpadas LED;
- Caixas de papelão;
- Papel alumínio;
- Fios elétricos flexíveis;
- Plugs para tomada;
- TNT branco;
- Pregos e parafusos.
A quantidade de itens depende de quantas softboxes você for fazer, o que fica muito claro no caso de caixas de papelão (cada uma equivale diretamente à unidade da softbox) e das lâmpadas de LED. O fato é que a economia total pode chegar a 70%.
Também é possível fixar o softbox em uma haste, deixando-o pendurado mais ou menos como um wobbler display de mercado, com a devida inclinação para o ponto principal da filmagem.
Considerações finais
Como vimos, o softbox é um grande difusor de luz artificial, de modo que se for unido com os demais conhecimentos que passamos acima, pode promover os melhores resultados em qualquer produção.
Portanto, o segredo para criar efeitos de iluminação gastando pouco é algo que une a criatividade, um relativo esforço de pôr a mão na massa, saber aproveitar a incidência de luz natural do ambiente e, sobretudo, a criatividade.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.